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segunda-feira, 18 de abril de 2016

A um passo ...



O governo Dilma desmoronou na noite deste domingo (17) deixando espaços para o PT, que com ela também caiu, e fica tão somente à espera da decisão do Senado, que dará a palavra decisiva e a rota de saída para a presidente. O impeachment derrubou-a porque ela em nada contribuiu para a sua permanencia no poder, tratando os parlamentares de forma arredia e à distância, como se comentava à viva voz em Brasília. Não somente por isso. Sua gestão está pontilhada pela incompetência total, levando o País à beira do abismo e ao desastre em que ora se encontra. A noite deste domingo ficará como um marco pela desilusão de um governo medíocre em todos os níveis, e não apenas por ela ter caído, o que já era de certo modo aguardado. Mas, sobretudo, pelo mal que causou aos brasileiros de todas as classes. O ex-presidente Lula, que montou a sua base para articulações políticas num hotel do Distrito Federal, onde atraia quem pudesse dar votos contra o impeachment, também se deu mal. Fica provado que já não é mesmo o articulador de antes. Chefe incontestável do PT, Lula pagará também o preço que lhe cabe. O Palácio do Planalto contava como os votos de boa parte dos parlamentares e imaginava vencer a batalha, mas às 20h de ontem já entregava os pontos e admitia a derrota que se desenhava. Se houve uma festa na Câmara dos Deputados enquanto os votos emergiam, o desespero marcava o silêncio no Palácio ocupado por Dilma, onde reuniu seus assessores principais, os chamados “da casa”, inclusive Lula. Foi uma espécie de funeral algumas vezes já visto, mas não com a dimensão do de ontem. O governo esperava derrotar o impeachment e perdeu por 367 votos, mais do que os esperados pela oposição, contra apenas 137 favoráveis aos governistas lamentosos. Felizmente, com intensas manifestações em todos os cantos do território nacional, o Brasil demonstrou que é um País pacífico e a população se manteve na mais absoluta ordem.  Comemorou e chorou cada um a seu modo. O processo será encaminhado para o Senado, que acompanhará certamente a decisão da Câmara, na histórica noite deste domingo.

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