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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Editorial de Edinaldo...

Uma das vantagens do sistema democrático é exatamente a alternância de poder. E foi graças ao fato de residirmos em um país democrático que o companheiro Lula conseguiu chegar à presidência do país e promover uma mudança radical em nossas vidas, onde milhões de brasileiros saíram da condição de extrema pobreza e outros milhões conseguiram o 1º emprego ou puderam retornar ao mercado de trabalho.
Investimentos foram feitos nas mais diversas áreas proporcionando aos brasileiros o acesso à Educação, Saúde, Moradia, Saneamento e Infraestrutura Urbana, dentre outros. E nós, de Mata de São João, fomos contemplados com diversas obras e programas do governo federal, tais como: Saneamento Básico (Esgotamento Sanitário e Abastecimento de Água), Construção de Escola, Transporte Escolar, Pavimentação de Ruas, Construção de Unidades Habitacionais, inclusive o projeto Minha Casa, Minha Vida.
Por outro lado a idéia de perpetuidade do poder pressupõe a facilidade do vício. Já alguma permanência (por exemplo: reeleição) poderia significar o reconhecimento por obra feita no primeiro mandato.
No afã de perpetuar-se no poder, vemos algumas distorções trazidas pela política de caça ao voto, tais como: mudança repentina de políticas, trocas de partidos em período pré eleitoral e lobbies que envolvem o processo de conquista do poder, onde se busca fazer crer que o fator econômico tem uma contribuição decisiva no resultado eleitoral.
Neste processo apoios e alianças se forjam a partir da troca de favores e promessas. Quando na verdade as escolhas deveriam ser pautadas pela busca do bem estar social.
Isto posto, olhando para estes mais de 6(seis) anos do atual governo municipal percebo uma satisfação da população pelas melhorias implantadas, mas por outro lado, percebo, também, que o bem estar social não foi atingido. Pois a população matense não tem participado das decisões sobre os investimentos. Em Mata de São João não se têm discutido as prioridades com a população. Seja através de audiências públicas ou através de mecanismos como o Orçamento Participativo, ou até  mesmo, através de reuniões abertas com lideranças comunitárias.
Fazendo uma analogia com uma família, teríamos na figura do representante do executivo matense o marido que manda pintar a casa à sua vontade, mas que é incapaz de perguntar aos filhos e esposa se a cor escolhida agrada a todos, ou pelos, à maioria destes. E esposa e filhos têm que se contentar, porque afinal a casa está pintada e isto basta.
Verificamos que o centro anda bonito, todo asfaltado, com praças reformadas e coleta regular de lixo. Mas e nos bairros, na zona rural? Como estão as nossas ruas? E a coleta de lixo é feita com que freqüência? A tão propagada obra de saneamento básico já está coletando e tratando os esgotos dos bairros? Ou atende apenas ao centro?
Continuando com a analogia da família, pergunto: Será que é justo um pai dar educação, carinho e atenção a um único filho e relegar os demais?
Sem a alternância de poder estaremos criando dois grandes problemas: 1) Os riscos de autoritarismo que um Executivo forte e viciado pode trazer; 2) Ausência de alternância de gerações.
Lembre-se que em ditaduras e em governos democráticos muito longos, não se renova gerações. Sem a disputa pelo cargo mais alto, novos políticos não são formados.
A alternância do poder poderá ser uma consequência dessa avaliação mais cuidada, tanto pela opção de alternância como de manutenção por ser o mal menor...
Um abraço fraternal a todos e fiquemos com Deus.
Do companheiro Ednaldo Azevedo.

Um comentário:

  1. Nós da Voz Matense, concordamos totalmente com o companheiro Ednaldo, e o parabenizamos pela clareza de opiniões, sempre questionamos a falta de alternância do poder em nossa cidade que passou decadas na mão de um Coronel, depois 16 anos nas mãos de uma família só e agora já caminha para oito anos nas mãos de um grupo externo que nem laços com o município têm,e o pior que deseja se perpetuar no poder por mais anos...Chega isso tem que acabar...

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